Resenha: Anaíd e o clã da loba

Recebi o livro da Mundo Editorial e finalmente o peguei pra ler. Eu confesso que quando comecei a lê-lo não dava nada pela história. Pra mim seria algo bobinho, infantil, só mais um passatempo. Mas eu estava muuuuuuuito enganada. O livro me prendeu do início ao fim com sua narração simples e envolvente, cheia de mistérios ao redor da história. Portanto pessoal, não julgue o livro pela capa. Apesar de amar essa capa, acho que ela contribuiu um tanto para a imagem que eu tinha do livro, de ser meio infantil. Mas aviso logo: você vai se surpreender com ele.

Sobre a história do livro, ela é narrada em 3º pessoa. Anaíd, a nossa personagem principal, é uma menina raquítica que ninguém dá nada por ela. E por causa da sua aparência, é alvo de Buylling por seus colegas de escola. Após uma noite de tempestades ela descobre que sua mãe Selene sumiu de casa sem levar nada, e sem deixar explicações. No desespero ela vai pedir ajuda às "amigas" de sua mãe, que trabalham na escola em que ela estuda. Só então, por intermédio das amigas de Selene, Anaíd fica a par de coisas que nunca pensou que existia de verdade como bruxas, magias e fantasia, e que na verdade sua mãe é uma bruxa e faz parte do clã das lobas, taí porquê o nome do livro. Mas sua mãe não é qualquer bruxa. Existe uma profecia em que uma eleita nasceria para pôr o fim nas desavenças entre as Bruxas Omar e as Odishis - que ao contrário das Omar, são as bruxas que prezam a imortalidade, a beleza, e a riquesa, a custo de tudo. -, e todos acreditam que a tal eleita seria a Selene. Anaíd vai querer fazer de tudo para encontrá-la, mesmo que as bruxas Omar acreditem que sua mãe tenha se rendido pro lado da ambição por contra própria, e não tenha sido raptada como ela imagina.
Descobrir que sua mãe é a mulher dita na profecia não é fácil, mais ainda saber que também é uma delas e possui poder. Mas há muito mais do que isso por trás dessa história. E as Omar vão descobrindo no decorrer do livro - além de nós - que a menina que julgavam despreparada e fraca tem muito mais poder do que elas imaginam.

O livro é excelente, a Anaíd é uma fofa, eu torci por ela do começo ao fim, aflita pro povo descobrir, ou melhor, pra eu confirmar as minhas suspeitas. He. he. Eu descobri o segredinho do livro logo no começo, e fiquei tão feliz quando minhas suspeitas se confirmaram. :)
Senti muita pena pela personagem também em suas relações sentimentais. Ela sofre buylling no colégio por causa da sua aparência, e é rejeitada pelas populares, e pelo filho de uma das bruxas Omar - que aliás, se eu fosse ela, não daria a menor bola depois. rs -. Enfim, é um livro leve, mas que não quer dizer que tenha sido escrito apenas para adolescentes. É uma história tipo Narnia, se assim posso dizer; serve para todos os tipos de idade e envolve um mundo totalmente místico. Esse foi um daqueles livros que eu não conseguia largar, e quando parava de ler já ficava fazendo planos pra quando retomar a leitura. É muito bom mesmo. E se você acha que já leu tudo sobre bruxas, está enganada. A autora criou uma história bem diferente do que já ouvimos por aí.
Esse livro virou o meu xodó. Está na minha lista de favoritos. E a edição dele é impecável, adorei. Mal posso esperar para ler o próximo! Quem estiver interessado em comprar, vai fundo, pois não se arrependerá.
O livro faz parte de uma triologia, e por enquanto, aqui no Brasil, só há lançado os dois primeiros.
Então, deixa eu ler primeiro o segundo livro dessa triologia pra eu começar a pirar. :)


OBS: Maite Carranza também é autora do livro Palavras Envenenadas,  da Editora Novo Conceito, já resenhado aqui no Toalete Feminino.


Nota: